Se os conselhos fossem bons não se davam, vendiam-se!

Olá querid@ leitor@,

Já faz um tempo que não vos escrevo … anteriormente partilhei convosco a minha visão sobre variados temas e quero continuar a fazê-lo com amor e carinho que sinto por vós. Já faz muito tempo que mergulhei nisto que costumam apelidar de autoconhecimento, até parece que já foi noutra vida! E ao longo desta jornada encontrei tantas teorias interessantes, filosofias maravilhosas, técnicas excepcionais e outras, a meu ver, que não têm “ponta por onde se lhe pegue”, não porque estejam erradas, isso não existe, mas simplesmente porque não me tocaram no coração.

Um homem que vivia na Turquia ouviu falar de um grande mestre que morava na Pérsia. Sem hesitar, vendeu todas as suas coisas, despediu-se da família e foi em busca da sabedoria. Depois de ter viajado durante anos, conseguiu chegar à cabana onde morava o grande mestre. Cheio de temor e respeito aproximou-se e bateu à porta.

                O grande mestre abriu a porta.

                – Venho da Turquia – disse. – fiz esta viagem para fazer apenas uma pergunta.

                O velho olhou-o surpreendido:

                – Está bem. Pode fazer apenas uma pergunta.

                – Preciso ser claro no que vou perguntar; posso fazer a pergunta em turco?

                – Pode – disse o sábio. – E já respondi à sua única pergunta.

                Qualquer outra coisa que você queira saber, pergunte ao seu coração; ele dar-lhe-á a resposta.

                E fechou a porta.

– Paulo Coelho, in Maktub

E é mesmo isto o que estes meus textos representam, a voz do meu coração que pode (ou não) chegar à voz do seu coração. Fazendo referência ainda ao mesmo autor e à mesma obra que acima citei, “o nosso anjo está sempre presente e muitas vezes usa os lábios de outra pessoa para nos dizer algo. (…) Diz o mestre: Os conselhos são a teoria da vida – e a prática, em geral, é muito diferente.”

Adoro ler, sou apaixonada por viajar, empenho-me a 100% nisto que é viver, mas esta jornada só faz sentido quando partilhada. É isso que pretendo – partilhar – não são teorias, nem verdades absolutas e muito menos conselhos de amiga, tal como disse toda a minha vida, os conselhos se fossem bons não se davam, vendiam-se.

Até breve com mais partilhas,

Namasté