História paralela na busca do/a “dono/a” do Passarinho do Amor:
Na procura do/a dono/a do “Verdinho”, fui ao encontro de um casal que, quando expliquei como era o passarinho que tinha resgatado, eles identificaram a raça e, por coincidência, também tinham tido um casal de Agapornis quando estiveram em África. Ainda partilharam que, na região onde habitavam, era muito comum verem-se esses animais nas ruas, em árvores, onde quer que fossem, havia passarinhos desta raça, porque é o habitat natural deles.
No fim da conversa com este casal, fiquei a pensar cá para os meus botões: se eles estavam rodeados destes belos passarinhos, por ser aquele o seu habitat natural, que necessidade(s) tinham eles de possuir em casa, um casal de Agapornis? Será que o Homem tem a necessidade de sentir que tem o poder de se apropriar dos animais? Será também ou ainda, a necessidade de achar que são donos de algo? Ou será que o apego das pessoas, seja a animais, coisas e pessoas, é para se sentirem imprescindíveis, uma forma de serem necessários para ocultar os seus medos, angústias, frustrações?
Li algures o seguinte: “Nada é nosso, tudo é emprestado” e, efetivamente, essa é a grande verdade, “nada é nosso, tudo é emprestado”!
A Mãe Terra permitiu que viéssemos até ao seu seio para podermos experienciar tudo o que quiséssemos de uma forma abundante, sem passar por cima de ninguém. E o Homem chegou e logo se apegou e apropriou, pois considera-se uma raça superior podendo, desta forma, registar “isto e aquilo” como seu!
Não! “Nada é nosso, tudo é emprestado”, só nos foi dado o direito de utilizar, com abundância e alegria, de forma sã! Sem inveja, sem agressividade, sem apego!
Eu sublinhei necessidade e “eu preciso”, pois são duas palavras que criam aquilo que elas mesmas transmitem, que é a negatividade, mas é muito comum ouvi-las. No âmbito do trabalho de coaching, surge comummente o dilema: “eu faço um trabalho que não gosto, mas eu preciso do dinheiro que ganho. Gostaria muito de fazer outras coisas, mas eu necessito de ganhar dinheiro!”
Forma negativa:
“ Eu faço um trabalho que não gosto, mas eu preciso ou necessito do dinheiro que lá ganho”.
Forma positiva:
“ Eu ainda estou a fazer um trabalho que não gosto, mas diariamente, trabalho com mais convicção e certeza de que estou no caminho para alcançar o que quero, porque sei o que quero, para onde quero ir e tenho estratégias para chegar ao trabalho que eu escolhi!
Ou (mais resumidamente)
Estou num trabalho temporário, porque estou a trabalhar diariamente para entrar no trabalho que eu gosto de fazer!
Como Coach, deixo aqui alguns desafios para reflectirem e, quem sabe, talvez eles possam ser um ponto de partida para melhorar a sua vida:
- Liste as suas (por aquilo que entende como) necessidades por grau de prioridade.
- Reflicta sobre cada uma delas, procurando, bem dentro de si, se realmente elas constituem uma verdadeira necessidade ou uma “necessidade de necessitar”?
- Qual ou quais seriam as palavras que poderia utilizar para substituir “necessidade ou preciso”, enriquecendo assim o seu vocabulário e elaborar frases onde reine a positividade.
Partilhe, com A Coruja, o seu entendimento…
Obrigada por tanto que nos ensina e, essencialmente, pela paciência em voltar a relembrar o que já ensinou sempre que a mente e o ego nos fazem deslizar!
Grata por tudo!
Grata por tão valiosos ensinamentos!
Forma clara e deveras poderosa para qualquer um de nós chegar ao seu caminho!